A expectativa para o início do ano de 2023 era grande para a avicultura de uma ótica diferente da que possuímos neste momento. Se do meio para o final do ano de 2022 o que se esperava para o ano de 2023 era: crescimento, abertura de mercados e desenvolvimento, logo que o ano inicia nos deparamos com a incerteza de um cenário que não podemos controlar.

Há alguns meses o pensamento também era, com a chegada à América do Norte podemos ter muitas oportunidades. Mas logo a chegada rápida da influenza aviária aos nossos vizinhos coloca todo o País em alerta e a expectativa começa a rondar a produção, sobre o que faremos? Como procederemos? Qual será o impacto?

Dentre todas essas questões que precisam sim, estar sendo levantadas e habitando nossas cabeças devido às proporções de eventual dano, devemos nos manter confiantes e pensar em frente nas oportunidades que tão logo eram nossas certezas para o ano de 2023.

Tenhamos em mente que as autoridades municipais, estaduais e federais estão em alerta máximo para o que possa nos atingir, e que o respaldo será efetivo para proteger nossos plantéis, façamos nossa parte no que diz respeito e não deixemos a expectativa de outrora se esvair.

Não esqueçamos do nosso lugar mundial na produção avícola e continuemos fazendo o melhor trabalho possível. Esse é um grande momento para que se leve informação assertiva e de qualidade para a população em geral.

Como sendo produtores, tomadores de decisão, indústria e autoridades, já sabemos “de cor e salteado” a importância da avicultura para o Brasil, o status que a produção brasileira atinge porteira afora.

É esse o momento de aumentarmos a fronteira da comunicação e atingirmos a sociedade que ainda não entende esse mundo da avicultura. Mostrar a todos como a avicultura é realizada e como ela pode ainda mais ser motivo de orgulho para o brasileiro.

Na última edição nosso diretor técnico José Antonio Ribas Jr pontuou: “Podemos ficar lamentando as crises ou fazer destas grandes oportunidades”. É importante que vejamos o “copo meio cheio”, que seja usada a oportunidade para crescermos, então. Que sejam ainda mais assertivos os protocolos de biossegurança, que tenha ainda mais força de vontade para fazer o correto, que a ciência e a busca por respostas estejam ainda mais alinhadas. E isso não vale apenas para um cenário de influenza aviária. Vale para todo cenário da produção avícola.

Voltando a 2022: a expectativa era de que os embarques da carne continuassem elevados, a produção de ovos continuasse relevante e aquecida, a demanda interna continuasse em alta. A avicultura entrou em 2022 perseverante em uma retomada após algum tempo de incertezas. E fechou o ano (mesmo em meio a outras dificuldades que apareceram) com suas expectativas atendidas.

A avicultura brasileira, do meu ponto de vista, e penso que você concorda comigo, é número 1 no quesito contornar desafios. O ano mal começou, o desafio ainda não está aqui mas já tem uma linha de frente montada para caso chegue. Quando o futuro preocupa demais há quem se esqueça do presente, e não há como deixar de lado o legado que foi construído neste País, dentro dessa atividade.

Que continuemos atentos e vigilantes com o que pode vir, mas com os pés no dia que vivemos hoje, fazendo o que a avicultura brasileira faz de melhor. Levar proteína de qualidade em todos os aspectos para a mesa de mais de 150 países.